Matheus Chaves, Analista Desenvolvedor de Sistemas JR na Cargolift, tem uma história inspiradora de superação e resiliência que nos lembra de um ponto crucial: “Eu não sou a minha deficiência”. Diagnosticado com autismo aos 8 anos, Matheus enfrentou diversos desafios, mas foi aos 19, quando assumiu publicamente sua condição, que realmente compreendeu o que era o capacitismo. Sua jornada de aceitação e reconhecimento pessoal foi recentemente abordada em uma entrevista ao Jornal Comunicação, na matéria escrita por Allan Alexandre Baron Carneiro, onde Matheus compartilhou detalhes de sua experiência com o preconceito.
Na escola, Matheus sempre soube que suas amizades eram poucas, mas profundas. “Nunca fiz questão que gostassem de mim”, conta ele. “Minhas amizades são sólidas porque essas pessoas enxergavam além do meu autismo”. Essa autenticidade o acompanhou ao longo da vida, e foi fundamental para que ele superasse as adversidades.
Aos 17 anos, no início de sua vida profissional, Matheus conseguiu um emprego como menor aprendiz. No entanto, com receio de falar sobre sua condição, enfrentou dificuldades em uma função que exigia interação social constante. Quando foi dispensado do cargo, ele entendeu que o problema não era sua deficiência, mas a função que não se adequava ao seu perfil. Foi aí que encontrou na área de TI seu verdadeiro caminho profissional.
Depois de passar por tratamentos terapêuticos, Matheus encontrou forças para se assumir como autista no ambiente profissional, e desde então, tem sido um exemplo de que capacidade não pode ser limitada por rótulos. Na Cargolift, ele exerce seu papel com excelência, provando que sua condição não define quem ele é. Como ele mesmo diz: “Eu sou o Matheus, e é isso que importa”.
A história de Matheus nos mostra que o capacitismo, embora real e presente, pode ser superado com coragem e autoconhecimento. E sua trajetória continua a inspirar colegas e amigos, lembrando a todos nós que somos muito mais do que nossas limitações.